Foto: Sergii Iaremenko Na quarta-feira (14), a OMS declarou o atual surto de mpox na África como uma emergência de saúde pública global, o mais alto nível de alerta da entidade.
O anúncio foi feito em reunião com o comitê de emergência em meio a preocupações de uma cepa mais mortal do vírus, chamado clado 1B, se espalhar para outras regiões do mundo.
A nova cepa tem letalidade de até 10%, muito superior à de 1% da variante que circulou em 2022. Na época, o Brasil chegou a ser o segundo país com mais casos acumulados, com 10 mil notificações. A doença foi controlada com o uso de imunizantes para a varíola, que têm uma eficácia cruzada para tratar o vírus da mpox.
O clado 1B, que está causando tantas preocupações no continente africano, ainda não foi registrado fora de lá. Entretanto, as autoridades temem que a doença se espalhe como aconteceu com a variante 2, que levou ao surto de 2022.
Apesar disso, a declaração do mpox como emergência de saúde pública global não significa que o surto está virando uma pandemia.
O Diretor-Geral da OMS, Tedros Adhanom, disse que o potencial para uma maior disseminação dentro da África e para o resto do mundo “é muito preocupante”.
O que é a mpox?
A doença mpox é causada pelo vírus da varíola dos macacos. Este pertence ao mesmo grupo de vírus que a varíola, mas é muito menos prejudicial. O vírus foi originalmente transmitido de animais para humanos, mas agora também se espalha entre humanos. Ela é mais comum em vilarejos remotos nas florestas tropicais da África, em países como a República Democrática do Congo. Nessas regiões, há milhares de casos e centenas de mortes pela doença a cada ano. Crianças menores de 15 anos são o grupo mais afetado.
O Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças afirma que, até o fim de julho, houve mais de 14.500 infecções por mpox e mais de 450 mortes em 2024. Os números representam um aumento de 160% nas infecções e 19% nas mortes em comparação com o mesmo período em 2023.
Quais são os sintomas?
Os sintomas iniciais incluem febre, dores de cabeça, inchaços, dor nas costas e dores musculares. Erupções cutâneas podem se desenvolver após a febre passar. Elas geralmente começam no rosto e depois se espalham, na maioria das vezes nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Casos graves podem ter lesões afetando todo o corpo, especialmente boca, olhos e genitais. A infecção geralmente desaparece sozinha e dura entre 14 e 21 dias.
Existe tratamento para mpox?
A melhor maneira de prevenir os surtos é com vacinas. Elas já foram criadas, mas geralmente apenas pessoas em risco ou que estiveram em contato próximo com uma pessoa infectada podem recebê-las. A OMS pediu que farmacêuticas apresentem suas vacinas contra mpox para uso emergencial, mesmo que elas não tenham sido formalmente aprovadas. Saiba mais em: https://www.granjaviana.com.br/noticia/mpox-e-declarada-emergencia-de-saude-publica-global
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