Foto: Áreas de Floresta Ombrófila Densa em estágio médio e avançado. Site da Granja.
Uma área de cerca de 800 mil metros quadrados (algo como 80 campos de futebol), antes com boa cobertura de mata atlântica, no km 25,5 da Rodovia Raposo Tavares ao lado do Cotolengo é assunto nas conversas sobre a degradação do quadro ambiental na Granja Viana.
Inicialmente essa área era pertencente ao Pequeno Cotolengo, que a vendeu à Cyrela, gigante do setor imobiliário, para construção de condomínios de casas, em 2014.
A Cyrela desistiu do projeto e vendeu a área para a empresa de logística Prologis, de origem norte-americana. A Prologis fornece soluções imobiliárias logísticas, ou seja, faz e comercializa galpões e centros de distribuição.
Logo após as alterações do Plano Diretor e da lei de uso e ocupação de Solo de Cotia, a Prologis iniciou as obras de desmatamento e terraplanagem para construção inicial de180 mil metros quadrados de galpões para locação.
Jack Suslik Pogorelsky, atual Presidente da SARI - Sociedade dos Amigos do Recanto Inpla - Carapicuíba, um residencial com 180 casas e vizinho de muro com o empreendimento, comentou recentemente em redes sociais:
“Todos os dias estamos convivendo com uma ambiente de guerra pelo barulho de mais de 50 caminhões e máquinas trabalhando e árvores sendo destruídas com motosserras e retroescavadeiras junto aos muros de moradias. Não temos a menor ideia de como e por quê o plano diretor foi alterado sem qualquer conversa com a sociedade. A Prologis, de forma autoritária e soberana, diz ter todas as licenças, estar fazendo tudo dentro da lei sem nunca terem nos apresentado algo. Hoje vivemos num ambiente de destruição que coloca inúmeras moradias em risco, pela limitação do rio diante das chuvas, já que o mesmo não recebe os cuidados que deveria ter do poder público e não temos autorização para fazer qualquer coisa.”
Saiba mais em: https://www.granjaviana.com.br/noticia/desmatamento-decreta-menos-uma-area-verde-na-granja-viana
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